A CHACINA DE PARIS E A CRISE NA ATRIBUIÇÃO DE VALORES PRODUZIDA PELA GLOBALIZAÇÃO

Trecho
"Não há nada na essência dos aparelhos excretores que, de per si, determine se eles devem ser — respeitados, quando se interage com outros indivíduos, ou imediata e sociavelmente cheirados e lambidos, à maneira do que fazem outros mamíferos. Foi a cultura que caminhou para o lado, sem dúvida, mais exótico, inusitado — e, aos olhos de um extraterrestre simbiônico hipotético três por cento orgânico que nos observasse, provavelmente, mais grotesco — apenas isso. Bem assim, não há nenhuma escala de valor inerente, ou universal entre pedaços de pano com bandeiras estampadas, tinta impressa sobre o papel de uma revista e órgãos do aparelho excretor humano. O profanador da bandeira do Brasil, o profanador da imagem do profeta Maomé e o profanador da pureza virginal são, ao cabo, todos eles, indivíduos que atentam contra — o sagrado. E fazem isso da única maneira possível: agredindo símbolos." [...]
Igor Buys
12 de janeiro de 2015
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— http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5099904