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No flex da Ilha para o continente e vice-versa.

As imagens são as piores possíveis, principalmente, no terceiro vídeo, voltando do continente, com aquele belo par de holandesas atrás de mim: minha cara está parecendo uma panela de pressão. Eu sou o pior auto-retratista da História.

Mas as holandesas eram muito bonitas, dou a minha palavra. Apesar de terem virado os rostos para trás dessa forma quando viram que alguém estava filmando nos arredores. Mesmo os dois brasileiros no banco de trás parecem constrangidos.

As pessoas vêm à Ilha Grande, principalmente os estrangeiros, e talvez com mais ênfase ainda -- as estrangeiras, como quem pudesse estar indo a Woodstock. Sexo, drogas e natureza parece ser um lema que está no ar.

Realmente, se consegue drogas com muita facilidade aqui; alguns europeus andam pelas ruas a perguntar onde podem dar um "teco" com a maior naturalidade. Sabem que na Ilha Grande os traficantes não usam armas, não há assaltos, praticamente não há criminalidade.

Houve um roubo de bicicleta há uns dois anos, mas a então patroa do jovem rapaz lesado usou os grupos do WhatsApp para denunciar o fato com tanta energia que no dia seguinte devolveram a bicicleta, a deixando no local onde encontraram, ainda que com algumas peças faltando.

Porém, a censura moral está na mente do Ocidente, trazida, segundo Nietzsche, pela orientalização da cultura e a perspectiva de mundo dos fracos.

Destarte, voltando àquelas holandesas de olhos azulíssimos, uma loura e uma morena, elas, como é de regra por aqui, não estão querendo mostrar os rostos a câmeras durante a sua estadia no paraíso. Estão, certamente, bastante abertas a experimentar de tudo, mas não querem registros fotográficos disso. E esse sinal de alerta nas mentes deixa todos mais arredios que o normal diante de celulares suspensos ao ar.

Eu não sou adepto de drogas ilícitas, primeiro, porque financiam muita violência; segundo, porque não se comparam em eficácia -- cocaína, pelo menos, que foi a única que experimentei -- às drogas lícitas, pré-treinos e estimulantes para fisiculturismo. Estes que, bem usados, não causam danos à saúde e alteram comportamento de forma mais controlável, porque já muito estudada e amplamente conhecida. Para cada produto perigoso há um protetor específico e um artifício preciso em relação aos colaterais.

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