ESCRAVA (EXTRATO DE PRÓPOLIS)
De joelhos, Escrava.
De joelhos, sua putinha.
Não me ouviu mandar?! Hem?!...
Adoro o som dos teus joelhos,
batendo sobre o assoalho, apressados.
A corda amarrando os teus braços.
Dos cotovelos até os pulsos
numa trama ornamental.
Os músculos retesados.
A respiração arquejante.
O chão sobre que te derramas, nota:
foi limpo, tem o cheiro dos produtos
de limpeza. Sente mais de perto:
cara no chão, vigarista! Testa no chão.
“Sim, mestre”: ouve a ti mesma.
Arre! és patética, menina magricela.
Micheteira. Mequetrefe de esquina.
Vou botar no chão, debaixo do
teu rosto, esses papéis, impressões
de uma conversa minha por telefone com a minha
amiga Karine. Sente o cheiro da tinta nos papéis;
deixa os teus cabelos deslizarem sobre eles
e não chores! não borres isso de tinta, imbecil.
Lê mais. Olha que foto, essa última; que pernas
e pés… Fala que ela é mais gostosa que tu, sua
magricela anêmica. Fala. “Ela é mais gostosa que eu,
mestre”... Verdade. E sabe ser mulher por isso ganhou
aquelas fotos que ainda aparecem no canto inferior
direito: fotos do meu pau.
Isso é para veres se aprende alguma coisa. Sobre
o que é ser mulher. Entendeu, Escrava? “Sim, mestre.
Eu entendi, mestre”. Entendeu mesmo? Entendeu o quê?
Não entendes um poste adiante do teu nariz, sua anta!
Olha para mim, por baixo das sobrancelhas, daquele teu…
jeito. E não pareças raivosa! Sua atrevida! Olha melhor:
vê-me aqui, sentado, de pernas cruzadas, fumando
o meu cachimbo eletrônico? ”Lindo, mestre”:
bajuladora. Diga alguma novidade, sua sem graça.
Vou-me levantar. Dar a volta em torno da tua…
carcaça. Sabes o que pareces? Uma asa de frango.
Cozida. Sem sal. Eu devia batizar-te de Asinha.
Mas, como estou com fome… E já que estás completa-
mente nua, e amarrada, com esse teu… rabinho para cima.
Cogitarei ser bom contigo. Deixa investigá-lo bem de perto.
É... Vou-te fazer esse favor. Vou meter nessa tua bunda.
Vou meter, sim. Mas sem lubrificação nenhuma. Prepara-te.
Só a lubrificação do preservativo. Sente: a cabeça do meu pau
roçando esse rego… contando as preguinhas remanescentes.
Sente que aperto a cabeça do meu pau contra esse teu cuzinho.
Aperto, hum! Aperto mais, e mais, ah! Toma nessa bunda, piranha.
Sem vergonha! Hum… Mas não te mexas demais; vai ser bem lento.
Sente a minha rola grossa metida na tua carne, que estica, dilata, aos poucos.
Deixa dilatar mais, antes de eu te foder. Sente as minhas mãos puxando o teu
quadril. Passo os braços cruzados por baixo dos teus, amarrados, e puxo-te,
dando as primeiras carcadas fortes, uma, duas, três, quatro, cinco, seis…
Plac plac plac… Os teus seios se sacudindo, teus cabelos jogando.
Pára; te põe imóvel. Vou desatar o nó, remover as cordas: estão sobrando.
Pronto. Podes pôr as mãos dormentes uma sobre a outra para proteger o rosto
de bater contra o chão. Está bom? Está gostoso? “Sim, mestre; está bom, está gostoso”. Então, vamos melhorar. Nota que tiro um frasco do bolso. É extrato de própolis. Puro.
Vou pingar aqui. Sente… As gotas, o fio licoroso tocando a tua pele, adentrando a tua
carne. Estou a lubrificar o meu pau, agora. Por cima da camisinha, claro. Arde?
Queima? Quer gritar, chorar? Pois fica à vontade, Escrava. Arde, queima, mormente,
no começo; mas aumenta imensamente o prazer. Sente a minha rola entrando e saindo,
queimando, abrindo, esticando essa carne… Hum! Nenhuma Karine, mas…
Plac plac plac plac… ai! Come-se.
Sente que parei de me mover. De quente, vai parecer gelado… algo assim. O prazer
é enorme. Suponho. Sente as minhas mãos nos teus seios, fazendo a… caridade de
massageá-los, de tocar esses mamilos. Lindos, não vou negar. De roçar sobre eles os
polegares. Beijo na nuca. Chupãozinho, daí até o ombro; da ponta do ombro até o pescoço
acima e o rosto. Sente, galetinho, a minha língua acariciando a tua face, como a de um gato… E o meu quadril se movendo pouco. Meu pau muito enfiado por esse teu rabo
adentro, e muito duro, muito grosso. Podes gemer e gritar. Meto o dedo indicador da mão
esquerda dentro da tua boca. Depois, o polegar.
Toca o meu saco com a tua mão, com as pontas dos teus dedos, vê se consegue
fazer alguma coisa certa… Hum. Toca com a ponta de um dedo a base do meu pau
enfiado no teu cu. Desenha um semi-círculo sobre ela (a base). Ai! Levanta o pé;
tenta apoiar o meu saco com essa solinha franzida. Hum. Ai…, Deus. Toma gostoso
nesse teu rabo, toma!… Vadia, piranha! Toma nesse rabo, toma! Vê se consegue o
prodígio de levantar os dois pés, juntos, em concha e deixar aqui, roçar como puder,
o que puder, suavemente, asinha de frango… Ai! Ai… Põe essas solinhas aqui, põe;
ai, delícia linda… Toma nessa bunda, toma, toma, toma!... Toma, forte, forte!… Ai!
Hum! Ai, ai! Hum!… Hum.
Ar... Ar que inunda os meus pulmões, e veias. Como álcool.
Ar... Que me devia alimentar as idéias e me embebeda.
Eu te amo…, seu lixo.
Seu lixo humano.
Vadia.
Eu te amo.
Eu te amo.
Eu te amo...
E, então; como foi?
Estranho? Terrível?... Ficaste molhada?
Estás bem? Levanta, devagar.
Abraça-me. Criança linda.
Beijo na testa, sobre a pálpebra.
Beijo na têmpora.
Sabia que era o que o teu corpo estava a pedir.
Mordida forte nessa tua boca…, Cadela.
Amor.
Igor Buys
03 de agosto de 2017
Ravishing Redhead Roundu
