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PIGMALIÃO, ENDIMIÃO ​

Segunda versão, publicada em livro

Pela janela franqueada ao Incêndio Negro,

Adentra um cubo vítreo de lilases mármores.

Teus lábios que murmuram com a voz das árvores...

Riscando no cristal, os moldo. E me alegro.

Íntimo do abissal em que me desintegro,

Colho ao Seio da Noite o leite alvo. Arco-me,

Ínclito, sobre os astros: ostras lácteas. Farto-me,

Assim, de luz: palor que à tua tez integro.

Sangra em nós a alvorada e o alísio me traz ruivos,

Em cálidos novelos, cabelos de uivos.

Lentas as minhas mãos esculpem na penumbra,

Esgarçada e já rósea, formas que deslumbram.

Nebulosa, sorris. — Galatéia! festejo.

E rogo ao céu: que vivas! Sim!... Com o meu beijo. ​

Igor Buys

21 de setembro de 2016

 

Primeira versão - inédita

Pela janela franqueada ao Incêndio Negro, Adentra um cubo vítreo de lilases mármores. Teus lábios que murmuram com a voz das árvores... Riscando no cristal, os moldo. E me alegro. Íntimo do abissal em que me desintegro, Colho ao Seio da Noite o leite alvo. Arco-me, Ínclito, sobre os astros: ostras lácteas. Farto-me, Assim, de luz: palor que à tua tez integro. Perto do alvorecer, o alísio me traz ruivos, Ígneos os teus cabelos de novelo e uivos. Lentas as minhas mãos esculpem na penumbra, Lapidar e já rósea, formas que deslumbram, Apaixonam... Sorris. — Galatéia! festejo e Rogo aos deuses: que vivas! Sim!... Com o meu beijo.

Igor Buys 20 de setembro de 2016

Patrícia Pillar; foto da Rede

Patrícia Pillar

 
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