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COMER-TE VOCÊ ENCOSTADA NA PAREDE

Comer-te você encostada na parede, teus glúteos nas minhas mãos, minhas mãos sustentando-te o peso; tua testa na testa minha, meus lábios no teu ouvido; ai, quero comer-te você encostada na parede tesa; não amar os teus olhos mas apenas nadá-los; não casar com tu’alma que mora ao lado dos elfos; não desvendá-la sublime, esculpida nas nuvens, polvilhada de quasares, mas apenas mulher e gostar dessa acne que rebenta em teu queixo, antissabonete de argila. Comer você encostada na parede mas não até o fim, e caminhar-te para o leito sem sair da tua carne, dedos ébrios da mucosa nua. Entre os lençóis lançar-te e mergulhar-me de novo nos teus braços e pernas; esquecer na tua boca minha língua e palavra; comprimir tuas pernas por sobre teus seios e enfim, jorrar no teu imo mais recôndito e tenro; ai, teu rosto rosado tua boca que oscula a palavra redonda. Igor Buys 04 de abril de 2011

Kristiana Pelse; foto roubada

Kris

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