Registro da minha participação na 23 a. Bienal Internacional de São Paulo (23-08-2014)
Falar uma poesia (Isto) no meio de uma colméia humana, a palavra a diluir-se no zunzum efervescente: eis o que o vídeo abaixo flagra e registra: uma bravata demosteniana.
Filmado pela escritora Ana Paula Hornos, no estande da Scortecci, na Bienal
ISTO Isto é o que sou e não sei; é o que sei e não sou; o que defenestro e vomito; o que amo e não digo. Isto é o meu silêncio mais que o meu grito. Isto é o que te jogarei na cara, ainda que cara me seja a tua voz. Isto é o que não se cala, mesmo sendo palavra muda. Isto é sêmen, levedo; isto é cicuta, degredo. Não abras as coxas ao meu verso ou te faço um filho. Não grites Barrabás ao meu Verbo ou te ressuscito nua. Meu verso tem poder mesquinho sobre o que é não-ser. Isto é o que nego, depois faço. Isto é aquilo e aquilo outro. Isto é o que não (vivo). É o que suicido.
O escritor e editor João Scortecci e eu, também no estande da Scortecci, na Bienal

Convite da editora para a minha sessão de autógrafos na Bienal de São Paulo 2014
